segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Two Thousand and Five

Hoje eu me dei conta de que, há cinco anos, eu tive o melhor ano de toda a minha vida.


Uma pessoa prestes a completar 24 anos, 288 meses, 8640 dias de vida, de certo já vivenciou muita coisa, já se alegrou diversas vezes e já se decepcionou ainda mais vezes, de certo passou por altos e baixos, cometeu muitos erros mas também aprendeu inúmeras lições, enfim, já escreveu em seu interior uma porção de histórias, agrupadas em doze meses, que completam um ano.

A cada ano a vida nos dá a chance de escrevermos a melhor das histórias.
Em 2005 eu consegui escrevê-la.. e não mais o fiz, nos anos posteriores.

Provavelmente a história mais bonita da minha vida se deu há cinco anos porque eu estava no auge dos meus dezoito anos de idade, onde tudo se mostrava uma grande novidade, onde as responsabilidades ainda não eram um fardo tão grande, onde a minha mente fervilhava na criação de planos pro futuro, ou ainda porque eu era rodeado de muitos amigos, bons amigos, todos com interesses semelhantes aos meus, todos de boa índole, a maioria deles confiáveis, todos interessados apenas em curtir, aproveitar o que a vida tinha de bom para nos oferecer. O ano em questão pode ter sido tão especial também por eu ter me apaixonado de uma forma que, até hoje, não mais aconteceu, não mais com a intensidade daquela época, fato que acabou gerando em mim uma das maiores dores que já senti no coração, mas com certeza até isso é motivo para eu valorizar tanto este ano que destaco aqui, nos dias atuais. Eu costumo superestimar grandes sofrimentos, pois sempre aprendemos muito com eles.

Não sei ao certo o motivo.
O que sei é que só hoje me dei conta de que, há cinco anos, eu era REALMENTE MUITO FELIZ, assim mesmo, em caixa alta, e não apenas "muito feliz" como sou hoje. Levo uma vida tranquila, ainda sou jovem, ainda tenho (poucos) bons amigos, tudo vai bem, mas não como naquela época. Posso ter tido momentos difíceis naqueles tempos, momentos que raramente tenho hoje, mas, no geral, tudo era incrível! As relações com as pessoas me animavam cada vez mais e eu vivia INTENSAMENTE a minha vida, coisa que eu acredito não estar sabendo fazer agora. Aquele modo de vida diferenciado, cheio de vigor e coisas novas, se torna uma lembrança ao invés de se repetir nos anos vindouros, e é somente em reflexões como estas é que percebemos como épode ser ruim termos BOAS lembranças dentro de nossos corações, afinal, por elas serem TÃO BOAS e por sabermos que elas não voltarão mais, nós sofremos. Boas lembranças também entristecem.

A cada ano a vida nos dá a chance de escrevermos a melhor das histórias.
Talvez eu consiga, no ano que vem, escrever uma história melhor que a de 2005. Talvez.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Vidro. Papel. Plástico. Metal. Pessoas.

No texto anterior eu expressei minha opinião sobre pessoas que tiram a vida de outras, por motivos torpes... mas o que dizer das pessoas que descartam amizades ou amores, jogam fora no lixo, geralmente sem motivo relevante, eliminando-os de suas vidas?

Você é uma destas pessoas?
Você já sofreu por causa destas pessoas?



Infelizmente vivemos em um mundo onde a maioria dos indivíduos se preocupa em olhar apenas para seu próprio umbigo. Eles estabelecem relações de amizade, amor, e companheirismo com outras pessoas, mas nunca deixam de priorizar os seus interesses pessoais, o que, de uma certa forma, é bom, desde que o egoísmo não se sobreponha a estas prioridades. Todas as relações humanas são passíveis de apresentarem problemas dos mais diversos: problemas de interação, de confiança, de compatibilidade de gênios, enfim, nenhuma relação humana é perfeita, muito menos nos dias de hoje, e ainda bem que não são, pois são as diferenças entre os seres humanos que mais nos dão chance de amadurecer e aprender. Frente a estas adversidades, a consideração e o afeto que se tem pela outra pessoa deveriam falar mais alto, o que certamente levaria ambos a encontrarem a solução perfeita para o embaraço.

Acontece que, para alguns, tais incompatibilidades se mostram como um grande muro a ser transponido, e eles simplesmente não estão dispostos a vencê-lo. Ao contrário disso, estas pessoas preferem eliminar este obstáculo de suas vidas, e consequentemente excluem de seu convívio aqueles que, até ontem, eram seus melhores amigos, seus parceiros de trabalho, pessoas que diziam amar. Às vezes, uma simples "raiva" ou "decepção" já é motivo para uma pessoa ignorar outra, como se ela nunca tivesse existido, como se elas não tivessem escrito uma história. Geralmente, tal desligamento se dá de forma abrupta, onde um ser humano se afasta do outro, seja lá por qual motivo, e nem dá à outra pessoa a chance de argumentar, de mostrar o seu ponto de vista, ou até mesmo de se defender, perdendo a oportunidade, inclusive, de explicar o motivo de seu afastamento, o motivo de seu desapontamento. Aquele amigo, aquele amor, em minutos se torna tão valioso quanto um copo descartável.

Há pessoas que se afastam de outras devido à distância, e desta maneira eu já perdi contato com bastante gente, isto é natural da vida. Também já tive problemas com algumas pessoas e decidi me afastar delas mas não sem antes expor os problemas, não sem antes explicar a situação, buscando uma solução que favorecesse ambas as partes. Nas circunstâncias deste texto, não levo em consideração afastamentos gerados por um grande sofrimento, pois cada pessoa tem o seu tempo certo para se recuperar, nestas situações. O que eu critico aqui são pessoas que simplesmente se desvinculam de outras do dia para a noite, se desvinculam de pessoas com quem tem um laço importante; critico pessoas que tratam as outras como objetos, que só lhe servem enquanto lhes é conveniente, sem falar daqueles que ensaiam uma boa postura diante da sociedade, uma postura solidária e imaculada, acabando por revelar toda sua hipocrisia ao adotar esse tipo de comportamento excludente para com seu próximo.

Uma grande variedade de pessoas passa por nossas vidas diariamente. Acredito que nunca agi desta forma com ninguém que conviveu comigo, muito menos com amigos muito próximos. Pensei muito antes de escrever este texto, afinal, não queria criticar um comportamento que talvez eu mesmo adotei em anos anteriores. Também tenho consciência de que ninguém é obrigado a gostar de ninguém, nem se manter próximo de ninguém, porém, quando uma pessoa estabelece uma relação de confiança com a outra, uma relação de amizade ou amor, o natural é que esta relação seja diferenciada, seja realmente especial, não se configurando apenas como "mais uma". As relações humanas, se bem cuidadas, poderiam salvar o planeta do caos, no entanto esta não é uma máxima do nosso mundo, e com isso a sociedade caminha cada vez mais para a auto destruição.

Atitudes tão infantis e lamentáveis acabam por revelar o caráter de alguém... ou a falta dele. Reflita.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A vida vale uma vida?

Um rapaz de 16 anos embarca em um ônibus com sua namorada, tromba em uma mulher com um bebê no colo, ouve reclamações dela, e um homem, alheio ao fato, entra na conversa. Os dois discutem, o homem se senta em seu lugar, faz um telefonema para alguém, e minutos depois o rapaz é morto por este alguém, que acabara de entrar no coletivo. Em uma outra cidade, um pai leva a sua família toda dentro de um carro e, por acidente, esbarra o mesmo em um outro veículo. Não bate, esbarra apenas. O motorista do carro atingido, furioso, persegue o carro da família, atirando sem parar, como naqueles filmes de ação. De repente, no banco de trás, um dos filhos do homem perseguido nota que fora baleado e chora. O pai, de súbito, para e sai do carro, no intuito de conversar com aquele que lhe persegue, mas não consegue dizer nada, recebendo uma chuva de tiros do motorista enfurecido ali mesmo, à luz do dia, na frente da família.

Estes fatos aconteceram no Brasil, e foram destaque nos jornais, semanas atrás.

Afinal de contas, quanto vale uma vida, nos dias de hoje?


Está se tornando comum nos noticiários vermos crimes sendo cometidos quase sem motivo algum, e tal fato "se tornar comum" é motivo de preocupação. Não se tem mais respeito pela vida, pela família, pelo indivíduo como sendo um indivíduo, não se tem mais respeito a nada. Aos delitos cometidos por marginais nós infelizmente já estamos acostumados, mas quando uma leva de crimes passa a acontecer e pessoas "comuns" estão envolvidas, como descrito acima, o que devemos pensar?

A sensação que paira no ar é a de que nossa liberdade, já tão cerceada por conta dos bandidos e da falta de segurança pública que é crônica em nosso país, está ainda mais restrita, mas a um ponto que não iremos suportar, afinal, qualquer pessoa ao seu redor pode se tornar um assassino em potencial. O rapaz que teve a infelicidade de esbarrar em uma mulher no ônibus foi morto por este motivo. O pai de família que arranhou o carro do outro motorista, apenas arranhou, perdeu a vida na frente dos filhos e da mulher. Isso sem mencionar os exemplos onde a pessoa queria apenas fazer o bem, ajudar, e recebeu tiros como agradecimento. O medo toma conta de nós até mesmo quando queremos fazer uma boa ação, quando queremos alertar alguém sobre qualquer coisa.

Se você está em uma farmácia e vê um homem jogando no chão um punhado de papéis, sendo que ao lado dele encontra-se uma lixeira enorme, você automaticamente pensa em pedir a ele que jogue o lixo na lixeira, até porque você foi bem educado e tem noções de preservação do meio ambiente, mas você acaba por não fazer nada, uma vez que, ao tomar esta atitude, a ignorância do ser humano a sua frente, que acabara de discutir com a balconista do estabelecimento por conta de 10 centavos, pode prevalecer e te presentear com uma bala na testa. Sim, eu passei por esta situação, quis muito alertar aquele homem sobre o ato grosseiro que ele estava executando, mas fui impedido por meu próprio medo de "morrer de graça".

Temos o costume de colocar a culpa no governo, diante tanto horror, mas sinceramente não sei se a impunidade seria o único motivo que leva essas pessoas a cometerem crimes tão banais, e também não sei enumerar todos ou mais motivos que expliquem essas barbáries. Vale lembrar que neste texto estamos falando de homicídios apenas; tantas são as demais barbaridades que o ser humano tem proporcionado à sociedade, que perderíamos uma vida inteira tratando deles. Eliminar aquele que te julgou mal, ou aquele que lhe causou algum dano, está se tornando rotineiro na mente de pessoas que eu não sei o que têm na cabeça e no coração. Parece que as pessoas querem brincar de Deus ao tirar estas vidas, mas Deus nunca se aproveitaria de critérios tão fúteis para tirar a vida de alguém. Enfim, não sei de nada, para minha infelicidade e desespero.


"Uma vida inteira"...
Nos dias de hoje, a ignorância de alguns tem, diariamente, encerrado vidas inteiras de muitos, em segundos. Talvez estejamos mesmo no fim dos tempos.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Mudanças

Você vai levando a sua vida numa boa, naquela rotina a qual já se acostumou, quando de repente: PÁ! Surge uma borracha e um lápis à sua frente, seja lá por qual motivo, indicando que é hora de mudar o ritmo, o rumo das coisas. Chega a hora de dar um novo desenho à sua vida, e é você mesmo que vai assumir o comando dos traços.

Quantas vezes você já se deparou, no susto, com esta situação?


Atenção! Isto é um desabafo em forma de texto. Heh.

As mudanças são várias, e em várias épocas de nossas vidas: mudança de colégio, de endereço, mudança de pensamento, de condição social, dentre outras. São mudanças naturais, quase automáticas, às quais você passa à medida que vai crescendo, e geralmente não é nada difícil passar por tais transformações (por seu caráter inerente ao ser humano). A grande questão fica por conta do momento em que você, já crescido, precisa mudar alguma situação na urgência, sem saber como fazê-lo e sem saber quais serão os resultados desta sua mudança. A insegurança que bate dentro da gente é absurda, você se sente sozinho e despreparado para assumir novos desafios, tendo receio de trocar aquilo que te proporciona conforto por algo desconhecido.

Eu estou passando por esta fase atualmente: estou mudando de emprego, por necessidade.
Estou trocando um emprego que me proporciona muitas coisas boas há mais de quatro anos, por algum outro onde eu possa ganhar mais. Parece simples. "Ah Joe, você tem 23 anos; não pode fazer de uma mera mudança de emprego um bicho de sete cabeças." Realmente não posso e não o farei. Acontece que, a medida em que você vai envelhecendo, ganhando idade, as responsabilidades passam a ter o peso triplicado sobre suas costas, logo, qualquer "decisãozinha" que precise ser tomada, com efeitos a longo prazo, você acaba transformando na "maior decisão da sua vida", onde a impressão que se tem é a de que você não pode errar na escolha, pois se errar já terá dado um passo que não mais voltará para trás. Quanto maior o seu "senso de responsabilidade", maior é a paranóia que se firma em sua cabeça, em um momento como esse.

Mudar, por vontade própria ou por pura necessidade, ao contrário do que a simplicidade do verbo parece querer demonstrar, não é algo tão banal assim, quando você se torna um adulto, mas é justamente nesse momento de incerteza e de medo que devemos nos lembrar da quantidade de coisas novas que podemos e iremos aprender, ao passarmos por estas mudanças. Mesmo se nos sentirmos insatisfeitos no início, ou mesmo se errarmos na escolha, a verdade é que temos uma chance de ouro de crescer ainda mais, quando sentimos a necessidade de mudar, ou quando precisamos mudar. Eu acredito muito nisso, e acreditar nisso tem me dado ânimo para encarar esta nova fase da minha vida. É no erro, e no "novo", que temos mais chance de nos tornarmos pessoas melhores, mais capazes.

Ao se deparar, então, com a posibilidade de mudar o rumo da sua vida, não se assuste. Erga a cabeça, e prepare-se para amadurecer. ;)

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Smile. =)

Não, você não está sendo filmado heh, mas sorria!
Já passou pela sua cabeça que um sorriso pode ser a cura de seus males?


"Smile, though your heart is aching
Smile, even though it's breaking"

Eu admito que, na hora de tirar uma foto, eu não consigo sorrir; sempre sai aquele sorriso quadrado, forçado, um desastre. Nessas horas meu sorriso é uma negação, mas sorrisos espontâneos, daqueles que aparecem quando alguém te faz um elogio, ou quando você resgata aquele momento marcante (e bom!) da sua vida, esses sim, eu costumo expressar com frequência.. e como isso me faz bem!

Há pessoas que encontram dificuldade em sorrir, mas não ao tirarem fotos, como eu, e sim no cotidiano. Para elas, tudo está ruim, tudo é motivo de reclamação e insatisfação. É como se o universo delas fosse cinza escuro, onde nem uma chuva de balões de tinta consegue trazer alguma cor às suas vidas. Geralmente esssas pessoas são amarguradas, tristes por carregarem feridas ainda não cicatrizadas do passado, ou são pessoas que simplesmente gostam de reclamar de tudo mesmo, sem motivo algum. Elas não conseguem sorrir naturalmente, ou espontaneamente, e acreditam que não têm esta capacidade porque a vida não lhes dá motivo para sorrir. Ledo engano.

"Light up your face with gladness
Hide every trace of sadness
Although a tear may be ever so near"

A vida nos dá motivos pra sorrir a cada minuto, a cada instante (pequenos gestos ;D leram o texto "Pequenas Grandes Coisas" deste blog heh?), e muitas vezes, basta olharmos pra dentro de nós mesmos, para entendermos que sim, devemos sorrir, mesmo em momentos difíceis. Uma mãe que chora de saudade do seu filho que está no exterior deve sorrir, na certeza de seu retorno. Uma família que perdeu um ente querido deve sorrir, na certeza de que ele está em um lugar muito melhor do que este. Um indivíduo que perdeu tudo deve sorrir, na certeza de que tem forças ainda, para recomeçar. Você, leitor, deve estar aí pensando: "falar é fácil...". É claro que, diante de certos acontecimentos, esboçar um sorriso é impossível, porém o sofrimento e a angústia que tais fatos geram não acrescentam em nada no bem estar de alguém, logo, não podem se arrastar pro restante da vida desta pessoa.

"That's the time you must keep on trying
Smile, what's the use of crying?"

Frente a momentos difíceis, devemos buscar forças, e sorrir, certos de que podemos superar toda a dor que nos consome se continuarmos a olhar a vida com um olhar otimista. Na agitação do dia-a-dia, devemos dar um tempo para nós mesmos, refletir, e sorrir, certos de que somos saudáveis e temos tudo aquilo que queremos, ou estamos lutando para ter aquilo que não temos. Nesta vida, que é tão curta, devemos buscar o bem estar, devemos sorrir, para podermos encher de esperança o coração de uma pessoa desacreditada, quando esta vislumbra um sorriso nosso. Afinal, sejamos sinceros, todos nós admiramos um sorriso bonito, sincero, cheio de vida.

Então, simplesmente sorria. =)

"You'll find that life is still worthwhile, if you just smile."

(assista ao vídeo e ouça a letra desta bela música de Charles Chaplin, interpretada magistralmente pelo mito Michael Jackson: http://www.youtube.com/watch?v=kmw1yYRdDOM)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Bom dia! Eu te amo!

Você já deu "bom dia" para alguém hoje?
Se você é uma pessoa gentil, de certo já desejou "bom dia", "boa tarde" ou "boa noite" para uma porção de pessoas. É natural do ser humano bem educado esse tipo de comportamento...

... mas e a expressão "eu te amo"?
Com que frequência você diz que ama alguém?


Assim como é normal desejarmos um bom dia para um colega de trabalho, para aquele fulano que entra no elevador, ou para a moça do caixa da farmácia, é de certa forma normal também dizermos "eu te amo" para os nossos pais, nossos irmãos, enfim, para nossos entes queridos, aqueles que realmente amamos e que sabemos que nos amam também. Quando você deseja um bom dia para alguém, muitas vezes você nem se preocupa se aquela pessoa vai mesmo ter um dia bom; você apenas está sendo cortês, e a pessoa que recebe o bom dia entende isso na hora que te deseja o mesmo de volta. Podemos dizer, inclusive, que o "bom dia", apesar de ser uma demonstração de gentileza e respeito, é uma expressão por demais corriqueira.

Acontece que a expressão "eu te amo" também está se tornando corriqueira, banal, para grande parte das pessoas (em especial para os fãs de determinados ídolos, e para grande parte das pessoas que se apaixonam por alguém).

Hoje em dia, um casal de namorados se apaixona e, em menos de uma semana de relacionamento, já declaram que se amam eternamente, sem nem ao menos ter o cuidado de entenderem qual o peso que a palavra "amor" tem, frente aos outros sentimentos. O mesmo acontece com adolescentes fãs de um cantor da moda ou de uma banda que tem sua música em voga nas rádios ou na internet. Elas (e por algumas vezes eles o.o) declaram amor a estas personalidades de forma doentia, esquizofrênica, e o pior de tudo é que não são amadas (ou amados) da mesma forma por seus ídolos, como retribuição. É uma declaração de amor vazia, e que, por ser vazia, chega a manchar o verdadeiro significado da palavra "amor".

Quando você entende o poder da palavra "amor", você diz "eu te amo" como forma de entregar o seu coração a uma pessoa, e você só diz isso porque conhece a outra pessoa por inteiro. Ao dizer "eu te amo" para uma mãe ou para um pai, você está expressando a eles toda a sua gratidão por todos os anos de carinho, de dedicação, de entrega, para que você crescesse com dignidade e moral. Quando você diz "eu te amo" para alguém, você está permitindo que esta pessoa veja a sua alma, até porque você já consegue também vislumbrar a alma deste alguém. Não é uma expressão que deve ser dita ao sabor do vento; deve ser dita quando você SABE o que realmente está querendo dizer.

Infelizmente são poucas as vezes em que vemos isso acontecer, ultimamente.
As pessoas estão confundindo "amor" com "paixão", dizem "eu te amo" da mesma forma batida com que dizem "bom dia" e, ao mesmo tempo que declaram amar aquela pessoa, no outro dia já estão odiando-a, seja lá por qual motivo. Devemos nos policiar na quantidade de vezes que dizemos amar alguém, e para quais pessoas estamos dizendo isso, afinal, tratar o amor, que é o sentimento mais completo e pleno que uma pessoa pode sentir, de uma forma frívola, é um desrespeito à própria pessoa que dizemos amar.

Bom dia.